quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Será que isso é marketing automotivo?


A Câmara de Vereadores de Cascavel acaba de aprovar uma lei vedando a afixação de panfletos e quaisquer materiais publicitários impressos nos pára-brisas dos veículos estacionados em ruas e avenidas da cidade. Não sei quais são as sanções aos que desreispeitarem a lei ou mesmo se ela vai "pegar", mas apoio a idéia e gostaria muito de vê-la aplicada aqui em Brasília.

Posso estar errado, e me corrijam caso esteja, mas reparando a quantidade de pafletos jogados nos estacioamentos em que frequento parece que este tipo de propagranda não dá muito retorno para o anunciante. Será por que? Será porque preencher pára-brisas, maçanetas e quaisquer outros orifícios e reentranças de um automóvel com panfletos produz algum mórbido interesse em consumir qualquer tipo de produto que não seja um removedor para manchas em vidros ou um porrete para retribuir ao distribuidor dos famigerados panfletos o favor de ter empinado seu limpador de pára-brisas? Ou quem sabe haverá algum estudo na área de marketing que verifique qualquer tipo de retorno positivo a uma marca/produto quando um consumidor nota que a visibilidade do vidro traseiro está prejudicada porque ao ligar o limpador involuntariamente ele espalhou pedaços de panfletos por toda a superfície do vidro?

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

The American Dream


Está em discussão no Congresso estadunidense proposta de lei de autoria do senador Richard Durbin (Dem-llinois) que permitiria aos imigrantes ilegais, que cursam o segundo grau, obter status legal permanente caso fizessem dois anos de faculdade ou servissem com mérito as forças armadas durante pelo menos dois anos.

A idéia não é nova. Já na Roma Antiga estrangeiros eram alistados nas Legiões antes de tornarem-se membros da sociedade. A França ainda mantém a sua Legião Estrangeira em operação. Defensores da proposta argumentam que os imigrantes referidos pelo projeto cresceram nos Estados Unidos, estão socializadas como norte-americanas, têm sua educação paga por impostos americanos e no momento em que elas estão prontas para se tornarem membros produtivos são deportadas; o que não faz o menor sentido.

Pelo visto, o projeto da lei, já conhecido como "Dream Act" poderia ser chamado na verdade de “Dream Bill Act". Seria o preço de viver o american way of life. Por enquanto, a proposta visa apenas os imigrantes ilegais com nível médio, mas pelo andar da carruagem, com o Império se envolvendo cada vez mais em conflitos pelo mundo afora, nada impede que esse alcance seja estendido a outras classes de imigrantes ilegais. Creio que para muitos, que já vivem em guerra cotidiana contra a fome e a miséria é um preço até que razoável. E você, quer pagar quanto?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Aí também já é demais!


Saiu na Folha - muito embora nem tudo que saia na Folha mereça crédito - que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que o país acredita na sua inocência. Segundo o noticiário, o senador teria afirmado, ontem, depois do término da sessão do Congresso: "Como é que se tira um presidente do Senado que é inocente? Essa é a pergunta que hoje o Brasil se faz".

Se Renan está certo eu não sei, mas gostaria de saber. E se estiver?" Se estiver, perdoem-me, FUDEU!


Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição,
Mas todos acreditam no futuro da nação.
(Que país é esse. - Renato Russo)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

As voltas que o mundo dá...


Li hoje uma matéria interessantíssima do Der Spiegel sobre um êxodo de artistas americanos em direção à Berlim. Antes que alguém se admire com um suposto domínio da língua de Goethe, esclareço que li uma tradução para o português.

A matéria relata o caso de um artista chamado David Krepfle que se mudou de Nova York para Berlim por uma combinação de fatores, que inclui a alta dos aluguéis, a diminuição das oportunidades, uma sensação crescente que o momento em que a Big Apple foi central para o mundo das artes passou do apogeu e, principalmente, uma percepção que o ambiente intelectual de Berlim é "realmente aberto" enquanto que o nova iorquino está sufocado por uma política reacionária da direita que, para muitos artista progressistas os fez sentirem-se cada vez menos bem vindos em seu próprio país.

A escolha de Berlim, aparentemente, nada tem a ver com um amor pela Alemanha, mas, como já dito, por uma série de boas condições para a livre expressão artística desde as econômicas, como e o caso dos preços dos aluguéis, até as de carácter político, como a possibilidade de ter liberdade de se opor ou questionar sem ser tachado de simpatizante do Eixo do Mal. E pensar que em meados do século XX o fluxo era exatamente o inverso: Berlim vivia sob o totalitarismo nazista e os EUA ainda era a Meca da liberdade, refúgio de artistas, intelectuais e cientistas europeus, que fugiam da perseguição e da guerra.

Eh meus caros, o mundo é realmente redondo dá voltas e tudo mais, mas segue caminhos tortuosos. E é aí que se dão os dramas e as comédias da vida.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Mistérios da Paternidade


Por que será que as crianças são capazes de acordar super dispostas às 6:30 nos domingos e feriados e incapazes de fazer o mesmo nas segundas-feiras?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pedro de Lara é coisa nossa!


Era cantando que Silvio Santos apresenta seus jurados no programa "Show de Calouros". E lá estava Pedro de Lara junto com Elke Maravilha, Araci de Almeida, Flor, Sérgio Malandro, Décio Piccinini entre outros.
O programa era tosco, mas divertidíssimo. Era um tempo sem "politicamente correto" que dava espaço para tipos como o permanbucano turrão que carregava flores . Além de ser jurado, Pedro também fez o palhaço Salsi-Fufu na turma do Bozó. Para variar, era o estressado da turma, que sempre brigava com o Vovô Papudo!

Hoje, Pedro de Lara morreu, aos 82 anos, no Rio. Fica aqui registrado minha homenagem!
Pedro de Lara. La-la-la-la-la-la!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

"Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca."


Acabo de saber que o senador Renan Calheiros foi absolvido pelo plenário do Senado Federal da acusação de ter usado um lobista para pagar contas pessoais. Por 40 votos pela absolvição, 35 pela cassação e 6 abstenções, Renan continuará com o seu mandato.

Os favoráveis à cassação dirão que as 6 abstenções poderiam ter mudado o resultado. Já os contrários poderão dizer que elas poderiam ter ratificado o resultado obtido e ressaltado a opinião do plenário. O certo é que os seis senadores não se pronunciaram e com isso deixaram para os demais a decisão.

O dicionário Houaiss, em sua versão on-line, define abstenção como "ato ou efeito de abster(-se); privação. (1) recusa voluntária de membro de assembléia de intervir, como participante, em discussão, deliberação, decisão etc. (2 ) Rubrica: termo jurídico. repúdio, declaração de que não se quer alguma coisa (3) Rubrica: política. renúncia do eleitor ao direito e dever de votar.

Imagino as razões para abstenção de tantos senadores. Afinal de contas foram apenas uns 120 dias de debate sobre o tema. Algo como umas 2.880 horas para que os senadores meditassem, refletissem e formassem uma opinião a respeito das acusações feitas ao Presidente do Senado. Mas não, 6 senadores prefiriram ficar em cima do muro. Pena não sabermos quem são. Pena maior, serem esses mesmo senadores frutos de eleições com voto obrigatório. Quem sabe se o voto em nossa democracia não fosse uma obrigação, o resultado desta sessão seria outro. Talvez.

De resto, para quem tiver estomago a pizza está servida.

Obs.: o título deste post é retirado da Biblía. Apocalipse, 3:16

Agente secreto, sessão secreta


Manda a Constituição que seja secreto o voto para cassar ou absolver senador ou deputado. Mas é o Regimento Interno do Senado Federal que manda que a sessão também seja secreta. Na Câmara dos Deputados, ela é pública.

O senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, proibiu que seus pares usem gravadores, lap-tops e celulares durante a sessão de hoje que decidirá o futuro do mandato do senador e presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além disso, foi tomado o cuidado para que o sistema de som do plenário seja também desligado, fazendo com que os senadores se lembrem dos tempos do senado romano e se virem no gogó. Com esta medidas, pretende-se fazer cumprir o Regimento Interno e evitar o vazamento de informações sobre a votação, como já ocorrido no caso do ex-senador Luiz Estevão.

O senador Cristovam declarou que irá desobedecer esta determinação e manterá o celular ligado durante a sessão. Tal como um agente secreto, o senador pretende informar o andamento da sessão no calor dos acontecimentos. Será um tipo de agente secreto, infiltrado na sessão secreta repassando aos mocinhos (isto é, nós) os passos dos bandidos (isto é, eles). Posso até imaginar a trilha sonora de "Missão Impossível" ao fundo, o que não consigo é imaginar Tom Cruise no papel de Cristovam, em uma hipotética versão cinematográfica.

Quanto a possibilidade de ser cassado por quebra de decoro, Cristovam declarou que "nesse caso eu sequer me defenderei. E espero ser julgado em sessão aberta".

Mantendo a sua palavra, Cristovam reconquistará, pelo menos, o meu voto. Se é que isto vale alguma coisa.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Efeito memória...


Dizem que as férias servem para realimentar as baterias para mais uma jornada de trabalho. E deveria ser isso mesmo; você descansa, relaxa e se restabelece para o dia-a-dia de trabalho e outras obrigações cotidiana. Bem, se for assim creio que minhas baterias estão com efeito memória.

Como pode ser possível já estar cansado apenas dois dias depois de voltar ao trabalho?!? E olha que se for verificar direitinho, nestes dois dias só foi a atualização do ocorrido durante as últimas duas semanas. Algo como um update do sistema.

Lembro-me com saudades daqueles três meses de férias escolares. Dava até saudade da escola. Por ora, a única coisa que tenho saudades é da Espanha. Pelo visto o jeito é trocar as baterias por um gerador.

domingo, 9 de setembro de 2007

De volta...


Voltando de viagem aos poucos vou tomando pé das movidades ocorridas no Brasil durante minha ausência. É impressionante quantas coisas ocorrem em um período tão curto. Soube, por exemplo, que o Presidente Lula fechou o Programa Primeiro Emprego. Aparentemente, o governo se convenceu que o problema não era falta de incentivo às empresas e sim a falta de qualificação dos jovens.

Bem, é muito bom quando alguém reconhece que errou e tenta consertar. Lembro-me que ainda na campanha eleitoral, em setembro passado, o mesmo Programa era exaltado como se fosse algo novo e revolucionário. Um ano depois está aí, enterrado! Quem será que fez uma avaliação tão contunde, em tempo tão curto, capaz de alterar a percepção do Governo sobre algo que ele pensava ser tão bom? Estranho, né? Quanto dinheiro foi gasto, principalmente em propaganda institucional, nesse tempo todo?

Mas o pior pode ainda estar por vir. Os jornais afirmam que o Presidente pretende aumentar a área de atuação do bolsa-família, procurando incluir esses jovens. Assim, o Governo Federal desistiu de gerar emprego e vai só dar dinheiro, sem contrapartida, sem exigir que se qualifiquem, tornando-os dependente do governo de ocasião. Preocupante, não?

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Viva as pernas que me movimentam.


Como não gostar de viajar? Como não gostar de se perder e depois se achar e, de repente, descobrir-se em frente a algo estranho e intrigante? Como ficar indiferente perante o que é diferente? Viajar para mim é descobrir potenciais. É verificar in loco que o mundo é muito mais que a nossa casa, que a nossa cidade, que o nosso mundinho! E sabe o que é melhor? Saber que as fotos da "última viagem" na verdade não são as fotos da última, mas somente as da mais recente.