terça-feira, 23 de outubro de 2007

Esse é o cara!


Diz o próprio Romário que o Papai do Céu olhou para baixo na terra, apontou para o ele e disse: "esse é o cara". A citação não é literal, mas evidencia claramente a personalidade do baixinho marrento.

Ontem fiquei sabendo que Romário será o técnico interino do Vasco na partida contra o América do México. A propósito, houve uma reportagem sobre as brigas e crises suscitadas pelo "baixinho" com os vários técnicos que já o comandaram (comandar, fique claro, é forma de dizer). Na reportagem foi repassada outra celebre frase do artilheiro dirigida ao então técnico do Fluminense: "pô, o cara mal entrou no ônibus, não está nem de pé e já quer sentar na janelinha". Pois é, será que o Romário um dia vai enfrentar um jogador a la Romário para tirá-lo da janelinha? Difícil. O certo mesmo é que depois do milésimo gol, Romário marcará novamente seu nome na história do futebol sendo o primeiro técnico a se escalar para um jogo. Esse é o cara!!!


PS.: Será que um dia o Romário vai dirigir a seleção? Dúvido, mas que ia ser interessante, ahhh isso ia!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Festa Junina em Outubro?


"Rapaz, para tirar o coco, não basta balançar o pé que ele não cai. Quem quiser, vai ter que subir no pé e retirar o coco com as próprias mãos." Esta magnífica franse foi dita pelo apegado presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, ao reafirmar que não deixará o cargo de presidente do Senado.

Dizendo frases assim, Renan vem se mantendo no cargo, contrariando todas as apostas. Resta saber se vai resistir até o final do mês.

Dizem que já tem gente, nos palácios de Brasília, recitando o forrozeiro Messias Holanda:

Eu quero me trepar num pé de coco
Eu quero me trepar pra tirar coco
Depois eu quero quebrar o coco
Pra saber se o coco é oco
Pra saber se o coco é oco...
(Messias Holanda)

PS.: Subiram!!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Tem uma festa legal, a gente quer se divertir...


Botei pilha na esposa e ela topou ir à festa “A Volta aos Anos 80” com o propósito de reviver por algumas horas um pouco daquele longicuo tempo. Idéia, provavelmente, compartilhada pelas tantas mil pessoas que lotaram o salão da AABB.

“A vida até parece uma festa
Em certas horas isso é o que nos resta
Não se esquece o preço que ela cobra
Em certas horas isso é que nos sobra,”

A primeira providência tomada foi comprar uma camiseta para um revival das minhas vestimentas de então. A intenção era comprar algo ícone dos anos 80... camisa da Company ou da Pakalolo, mas não deu e o jeito foi improvisar. Lógicamente a camisa tinha ter algo branco para dar aquele realce quando ficasse perto da luz negra. Camisa de botão, nem pensar!!!! Assim foi feito.
"Você parece preocupado, anda meio angustiado
Esqueça tudo isso e tente relaxar
Afrouxe essa gravata, senão você se mata
E a vida é muito curta pra desperdiçar."

Como a noite de sábado é noite “sem babá”, o jeito foi deixar filho na casa da cunhada. Idéia que ele adorou, afinal na casa da Tia a regra é não ter muita regra e o videogame rola solto até altas horas. O problema mesmo foi chegar e sair do Lago Sul, uma vez que dois acidentes de trânsito fecharam à Ponte JK e a Ponte Costa e Silva. Conclusão o Lago Sul, em termos de acesso, voltou no tempo, não para a década de 80, mas para algum momento entre as décadas de 60 e 70.

"Um dia me pai chegou em casa, nos idos de 63
E da porta ele gritou orgulhoso,
Eu vou ser o maior,
comprei um Simca Chambord"


Entregue o menino, chega a hora de ir à festa. Assim mesmo, direto e reto, sem esquentes ou concentrações. Algo muito pouco provável na outrora época de constantes baladas. A pista de acesso ao clube estava uma confusão, mas por causa de providencial errada de caminho acabei indo pelo contrafluxo do trânsito e estacionei fácil em um lugar mais ou menos perto.

“Eu me perdi na selva de pedra
Eu me perdi, eu me perdi.”


Entrada tranquila, alguns cambistas, um monte de gente dando um tempo em frente ao portão para beber umas e outras antes de entrar na festa e enfrentar os preços abusivos decorrrentes do mercado monopolizado de dentro do clube. Quase nenhuma fila e uma revista do segurança, bem discreta. Não sei se foi a idade ou a falta de cabelos, mas me lembro que antes as revistas dos segunranças, pelo menos em mim, eram bem mais ostensivas. Vai ver eu tenha adquirido a cara de quem não oferece perigo a ninguém. Coisa da idade.

"Eu não tenho mais a cara que eu tinha,
No espelho essa cara náo é minha.
Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho,
A minha barba estava desse tamanho."


Dentro do clube o script previsto. Hits de Michael Jackon – ainda negro – Madona, A-HA, George Michael; clipes musicais de uma era pré-MTV e videos de velhos seriados do passado convidavam a um retorno ao tempo da Zoom no Gilberto. Uma escada próxima aos banheiros levava o vijante do tempo a um daqueles antigos shows de garagem, com uma banda anônima, com escassos recursos técnicos tocanto rock dos anos 80. Não sei se de propósito ou se por falta de talento mesmo, os caras eram típicamente anos 80, isto é, meio tosco.

"Tudo errado mas tudo bem
Tudo quase sempre como eu sempre quis"


Como não podia faltar rolou música lenta. Dancei e bejei e depois paguei um guaraná... estamos namorando – há 7 anos. O maior barato é que se de fato isto tivesse ocorrido na década de 80, eu seria Eduardo e ela seria Mônica. Fico pensando em quantas vezes cantei, cantarolei e toquei essa mesma música sem nunca perceber seu recado profético. A gente tem que ficar mais atento aos profetas do rock nacional.

"Ela falava coisas sobre o planalto central, também
magia e meditação
E o Eduardo ainda estava no esquema
escola-cinema-clube-televisão"

Depois de uma breve aparição do Fofão, ele mesmo, aquele “extraterrestre, amigo da Simoni que viajavam em um balão mágico, em uma clara apologia ao uso de narcóticos, foi anunciado o Show da Peble Rude. Foi muito legal, fiquei bem na frente, pertinho de onde quase rolou uma briga – tipicamente anos 80!!! O som estava altíssimo e distorcido. Fazia pelo menos uma década que não amanhecia com aquele zumbido nos ouvidos. Como será que minha audição conseguiu sobreviver à minha adolescência?

A festa foi encaminhando para seu final, pelo menos para mim, mas uma coisa me deixou bastante intrigado. Tirando minha mulher e uma amiga que me vendeu os ingressos, no meio de tantas mil pessoas eu não conseguia reconhecer nenhum outro rosto. Caramba, cadê as pessoas que eu conhecia? Estariam em casa velando seus filhos? Teriam ido ao show do Belo? Teriam mudado de cidade? Meus amigos, onde estão?

"Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era p'rá sempre
Sem saber, que o p'rá sempre sempre acaba?"


Fim de festa. Na Zoom eu bebia Fanta de máquina, uhhhhh! Resolvi terminar por aí a viagem no tempo e não arriscar. Bebi água. Saindo notei no ouvido um zumbido contínuo, nos pés ums mistura de dor, água, cerveja e poeira tudo igual ao passado... mas a viagem acabou por aí, ao lado a namorada ia dormir comigo em casa, na mesma cama, sem meus pais se incomodarem, meu pai não veio de Fiat 147 me buscar, ninguém veio me buscar, era eu mesmo que ia dirigindo para casa...

"Essa vida é jogo rápido para mim ou prá você
Mais um ano que se passa e eu não sei o que fazer
Juventude se abraça, se une pra esquecer
Um feliz aniversário para mim ou pra você!"

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Manutenção


A minha casa clama por manutenção. Nos últimos meses foram técnicos para consertar geladeira, fogão, forno de microondas, exaustor, triturador ...

Hoje foi o dia da máquina de lavar roupas. O técnico cobrou os olhos da cara pelo serviço de mão de obra.

- É coisa de especialista, doutor. Não dá para confiar o trabalho de qualquer um.

O tal serviço especializado consistia em identificar e solucionar um problema de vazamento. Coisa que aparentemente não parece assim tão exigente. Trabalho feito e aí surgiu a mágia do trabalho técnico especializado. Na sequência do trabalho o nosso especialista deixou registrado na nota de serviço que o motor e a parte mecânica estão em observação devido ao fato de "estarem começando a fazer barulhos" . Termologia bastante técnica.

Pressinto o retorno eminente do especialista ao meu lar, afinal, não dá para confiar o trabalho de qualquer um.