sexta-feira, 28 de março de 2008

Discurso internacional


Eu já bloguei aqui o tanto que gosto dos discursos do nosso Presidente. Que eles são ótimos eu já sabia, mas a última pérola mereceu até espaço na mídica internacional.

Aconteceu em discurso durante o fórum empresarial entre Brasil e México, em Recife (PE), o presidente Luiz Inácio
afirmou ter dito ao presidente norte-americano George W. Bush: "Bush, o problema é o seguinte, meu filho, nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo vocês vêm atrapalhar. Resolve, resolve a tua crise".

Se já não bastasse a gente, desse Brasilzão de meu Deus, agora também o mundo poderá admirar as gaiatices desse mestre dos improvisos da imprensa internacional traduziram a mesma para o inglês:
"I said to Bush: 'The problem is this, my son. We have gone 26 years without growth. Are you going to block us now? Resolve your crisis."

Fale a verdade, você também adora a nossa inserção no panorama mundial?



quarta-feira, 26 de março de 2008

Aniversário


Hoje o Consultório completa 1 ano de vida. Neste 1 ano foram 97 mensagens, distribuídas de forma irregular no tempo; mais de 1.000 visitas, das quais muitas de conhecidos; 60 comentários deixados e outros tantos não deixados, mas depois confessados em conversar tet-à-tet.

Estima-se que há, neste exato momento, algo em torno de 113.000.000 de blogs em funcionamento. O número é impressionante. Alguns milhares tratam de temas de interesse geral, como política, esportes, artes, culinária, internet, ciência, meio-ambiente etc. Ainda assim, a maioria dessas páginas serve apenas como diário pessoal de internautas. É dessa maioria que o Consultório do Dr. Bacamarte faz parte. Como prometido tratei de tudo um pouco sem compromisso nenhum. Gostei. E muita gente veio me dizer que também gostou. O jeito vai ser continuar!

Aos amigos leitores agradeço a participação, continuem aparecendo.


terça-feira, 25 de março de 2008

Eu confesso

O governador do Estado de Nova York, David Paterson, que substituiu na semana passada Eliot Spitzer, envolvido em um escândalo de prostituição, admitiu nesta segunda-feira que consumiu cocaína durante a juventude. Paterson, que assumiu o governo em 17 de março, disse à rede de TV NY1 que consumiu tanto maconha como cocaína durante a década de 70. Ainda na semana passada, logo após tomar posse, Paterson assumiu que tanto ele quanto sua mulher já haviam mantido relações extraconjugais.

Cogita-se a possibilidade do governador Paterson, em breve, confessar que mordeu o peito da mãe enquanto essa o amamentava; que mentiu para a primeira namorada no banco traseiro do Maverick de seu pai, quando a pequena lhe pediu uma prova de amor para continuar avançando os sinais; que cabulou aulas na Universidade para jogar poker com os amigos na fraternidade; e que acessou páginas na Internet de conteúdo inapropriado durante o horário de expediente.

Imaginem se a moda pega!

sexta-feira, 14 de março de 2008

A madrugada em que Mateus veio ao mundo e eu virei pai

Meu filho completa hoje seis anos. A data foi aguardada por ele com muita ansiedade porque a partir de hoje ele poderá novamente jogar vídeo-game em casa (sob a supervisão, é claro).

Na noite do dia 13, tinha saído para jogar futebol com amigos e quando voltava para casa recebi o telefone da Dani achando que o Mateus estava a caminho. Entrei em casa como um cometa, mas o médico (carinhosamente apelidado de Her Doctor) como não é bobo nem nada mandou a gente se tranqüilizar e esperar mais um pouco (provavelmente para que ele pudesse dormir mais um pouquinho).

Lá pela 2 horas, não teve jeito e fomos para o hospital, na verdade fomos para dois hospitais, o que quer dizer que carreguei uma mala enorme por duas vezes (e diga-se de passagem, sem a menor necessidade). Chegando ao destino final, depois de atravessar Brasília inteira, Dani foi preparada para entrar em cirurgia e eu fui convidado a assistir o parto.... Não quis entrar na sala de parto, tinha medo de pagar mico, de ficar nervoso, de desmaiar, de chorar na frente das pessoas... sei lá, preferi ficar ali no corredor mesmo, fazendo tal qual fizeram milhares de pais antes de mim, cavando vala com minhas passadas em um pra cá e pra lá sem fim.

Ele saiu da sala de parto todo enroladinho nos braços de uma enfermeira, era tão pequenino, e parecia ter tanto frio que não tive coragem de segurá-lo por mais de alguns segundo. Contentei-me em ver seu rosto alguns instantes (exatamente igual ao que havia visto em uma ultra-sonografia 3D feita semanas antes) e perguntar a enfermeira sobre a saúde dele e da mãe. Ela me respondeu que ambos estavam bem, mas que o pequeno tinha que ficar um tempinho sob uma supervisão especial e o levou para uma incubadora no UTI-Neonatal.

Depois de sua ida, deixei a alegria me tomar de vez, e chorei deliciosa e solitariamente. Liguei para os avôs e para as tias para contar que o Mateus tinha chegado ao mundo e receber as felicitações, não sem antes ser criticado pelo fato de não ter avisado antes. Mateus, que já na barriga da mãe fazia parte de nossas vidas a algum tempo, foi apresentado formalmente ao mundo na madrugada do dia 14 de março de 2002.

Nesses seis anos nossa relação amadureceu bastante. Foram muitas dúvidas e pouquíssimas certezas, mas acho que o placar está favorável. Sou exigente com o garoto e ele, por sua vez, também não fica nada atrás em relação a mim. Às vezes a mãe fica preocupada com algumas discussões, mas no fim acabamos em bom termo. Ser pai dá um trabalho danado, não tem como negar, mas também é muito bom. Amo meu filho e faço sempre o meu possível e, às vezes, também o meu impossível para que ele também me ame. Creio que, do modo dele, ele faz o mesmo.

Feliz aniversário filhão.

quarta-feira, 12 de março de 2008

UnB


Lá em casa somos três pessoas, dos quais dois são blogeiros (por enquanto). Em uma ocasião, minha mulher escreveu sobre a sua ilusão e decepção com a UnB (nossa universidade). Agora, graças à decoração do apartamento do reitor, a UnB está nas manchetes dos jornais resolvi publicar o meu comentário sobre a universidade em que vivi.

A minha UnB foi diferente daquela da Dona Encrenca. É claro que quando entrei estava exaltado. Quem não estaria depois de acordar às 5:45 por três anos e perceber que poderia fazê-lo, a partir de então, às 7:50 e que ainda chegaria antes do professor (pelo menos com uns 30 minutos de folga).

Sou de uma UnB de festinhas à noite dentro do campus. Daquelas com som de CA tocando Raul, com um pessoal que mais parecia saídos de um túnel do tempo diretamente de Woodstock ou outro canto dos anos 60. Festinhas sem pretensão à nada, mas que não cobrava nada para entrar e sempre dava para sair do zero-a-zero.

Sou de uma UnB, sem papel no banheiro e, por muitas vezes, sem banheiro. Não comi no bandejão, não nadei no CO. Como o meu departamento furava as greves sempre, sou de uma UnB meia lotação.

Sou de uma UnB de bons professores, mas poucos que lecionavam para os pobres graduandos. Muitos eram apenas nomes sem rosto em uma lista no Departamento. para vê-los era preciso circular em Ministérios, em Gabinetes e em alguns congresso. Sou de uma UnB de professores substitutos.

As greve são um capítulo a parte. Lembro-me de que uma das primeiras providências a cada semestre era correr para a BCE para pegar o máximo de livros possível. A intenção não era lê-los todos o mais breve possível, mas se precaver contra as greves dos funcionários e a conseqüente falta de material para as vésperas de provas.

Mas nem por isso quero que pensem que meus anos de UnB foram amargos ou se passaram em branco. Em meio às adversidades, vivi, brinquei, sorri, chorei, cai e aprendi a levantar com os poucos, mas bons, professores e com os muitos amigos que fiz naqueles quase 7 anos (graduação e mestrado, não pensem mal de mim). Ao cabo, foram naqueles anos em que fiz grandes amigos e me tornei mais um pouco gente; e mesmo que estudar na UnB nunca tenha sido o meu sonho de infância, foi muito bom.

terça-feira, 11 de março de 2008

O bicho tá pegando. Ou melhor o bicho tá pecando!

O mundo moderno exige adaptações das velhas instituições. O Vaticano depois de reconhecer que pegou pesado com Galileu, decretar que as vagas do Purgatório acabaram, resolveu aumentar a lista de pecados capitais.

É isso mesmo, minha gente. Agora são considerados como pecados as violações "bioéticas", experimentos com células-tronco, uso de drogas, poluição do ambiente, agravamento da injustiça social, riqueza excessiva e geração de pobreza. Algumas dúvidas pairam no ar. Eu pelo menos não sei se a cerveja (que é álcool, assim como o vinho) está sendo considerada como droga (se for: Leonardo, o estágio no Qatar já esta servindo de penitência) ou se jogar papel no chão é poluir o ambiente. Por outro lado, nesse negócio de riqueza excessiva eu tô salvo, pelo menos é só comparar o meu sapato com o modelinho Prada de Sua Santidade.

Mas nem tudo é ruim. Especialistas prevêem para breve a reedição da Divina Comédia já com a inclusão dos novos pecados e a filmagem de Seven 2, com Bras Pitt e Morgan Freeman e participação especial de Bill Gates.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Alguma noção de quem se é.


Se existe uma coisa boa é se conhecer, quanto mais melhor. Digo isso às vesperas de meu aniversário de 33 anos e com todos os sinais que nas próximas 24 horas será travada em meu organismo uma incrível batalha entre um resfriado e meu sistema imunológico. Já antecipei os reforços químicos necessários e já avisei à esposa. Sei que hoje à noite chegarei em casa me arrastando, tomarei banho, comerei algo sem sentir o mínimo gosto, deitarei e dormirei topadão. Pela noite suarei como se estivesse no deserto do Qatar, sentirei alguns calafrios. Lá pela madrugada sentirei uma sede danada. Amanhecerei de ressaca e com o corpo parecendo que levou uma surra, mas aí a batalha já terá sido decidida e, com sorte, o sistema imunológico terá ganho. A vida continuará, pelo menos para mim. Bem é isso que diz a experiência. Tomará que os 33 não mudem o pouco que sei sobre mim, se não terei que concordar com minha querida - "envelhecer é uma merda!" Veremos.

Atualização às 10h23, de 7/3/2008 - Pelo visto continuo conhecendo pelo menos um pouco de mim.