terça-feira, 29 de julho de 2008

Nasce um contribuinte.


A Certidão de Nascimento, além de ser um documento de identificação, é a primeira garantia de cidadania e direitos a todos os brasileiros. Com a Certidão de Nascimento, a criança passa a ter direito de ser atendia em todos os serviços públicos como, por exemplo, hospitais, postos de sáude, escolas etc. Para que esses direitos possam ser exigidos desde os primeiros dias de vida, todas as crianças devem ser registradas logo após seu nascimento.

Desde 1997, a lei federal 9.534 obriga os cartórios a fazerem o registro civil e emitirem a primeira via da certidão de nascimento gratuitamente. Contudo, apenas o aparato legal não é suficiente para garantir o registro civil de todas as crianças brasileiras. Embora o sub-registro no Brasil venha apresentando tendência de queda, estimativas do IBGE indicam que cerca de 13% das crianças brasileiras nascidas em 2006 não tiveram acesso ao registro de nascimento no primeiro ano de vida.

Mas se depender da receita Federal do Brasil o sub-registro no país está com seus dias contados. O jornal o Globo, edição de hoje, publicou matéria que afirma que a Receita estuda a possibilidade de incluir o número do CPF já na certidão de nascimento. Na prática, o cidadão passará a existir para o Fisco assim que nascer. Mas o CPF somente será ativado para fins fiscais quando a pessoa cresce.

Tenho certeza que com a implementação da medida o sub-registro no Brasil vai ser algo do passado. Ou alguém dúvida do empenho dos governos brasileiros em garantir o direito do cidadão em contribuir com a recadação de impostos? Ufa! Que alívio.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Eu mereço


Ao ser indagdo sobre como se sentia ao ter seu nome confirmado como o atual ganhador do Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa, João Ubaldo respondeu: "ganhei porque eu mereci."

A simplicidade e objetividade da resposta do escritor baiano contrasta com a prática corriqueira da falsa modéstia politicamente correta, em um mundo onde muitas vezes o reconhecimento do próprio mérito é visto como sinal de soberba de prepotência.

Contradição de um mundo cada vez mais competitivo e individualista as pessoas são encorajadas a se superar e superar ao outro a cada minuto, mas manter sempre o discurso de simplicidade e humildade. Algo do tipo: "se sou bom é porque vocês é que estão dizendo."


Pelo visto, João Ubaldo resolveu quebrar o paradigma. Coisa de baiano!

PS.: A imagem que ilustra esse post é a capa do livro Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo. A obra é um romance inspirado na temática da construção da identidade do povo brasileiro. O livro faz uma recontagem critico-satírica da história brasileira, denunciando a devassidão presente no processo de formação do povo brasileiro. Uma obra prima, ainda mais interessante quando se leva em consideração a formação acadêmica do autor, que também é um cientista político.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Santo Trocadilho, Batman!


Quem me conhece sabe: se tenho um pecado confesso é ser um fã de trocadilhos. Por isso mesmo, não pude deixar de pensar em um quando li que o ator Christian Bale havia sido preso em Londres, acusado de agredir a irmã e mãe em um quarto de hotel.

Pois é, parece que o Caveleiro das Trevas vai passar a ser conhecido como um Batemãe!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Profecias que se cumprem por si


Não é interessante ver o STF tão eficiente na análise dos Habeas Corpus do empresário Daniel Dantas, enquanto a Justiça Federal em São Paulo insiste em deferir as solicitações de prisão preventiva do mesmo. Curioso ainda é constatar que Daniel tinha razão, quando da tentativa de comprar a exclusão de seu nome da investigação da PF, que o Justiça local, e não o STJ ou o STF, era a que causaria mais incovenientes a sua liberdade. Não é a toa que Dantas é tão bem sucedido nos negócios, sua capacidade de prognosticar é espantosa. Isso é que é visão de futuro!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Das coisa que eu não sei e das coisas que eu sei


Ontem, um amigo me mandou um e-mail com os seguintes dizeres: "eu já sabia". Outro amigo, comentou aqui no blog que a sua profecia havia se confirmado. Bem, o que eu tenho a dizer é que eu não sabia. E pelo contrário, acreditava que outra estória iria se escrever na noite da última quarta-feira no Maracanã. E acho que esses meus amigos sabem do que estou falando, afinal quem torce para um time de futebol, acima de tudo, acredita e tem esperança. Sabe essas coisas de torcedor que sabe apenas aquilo que lhe convém ao coração, pois é, é esse o caso.

Eu sei que o Renato Gaúcho é um fanfarrão, um boca-frouxa que falou mais do que devia. Sei que o time é limitado, sei que estamos na lanterna do Brasileiro, sei que já fomos rebaixados para a 3ª Divisão, sei que fomos beneficiados pelas maracutaias da cartolagem. Eu sei disso tudo, e sei muito bem, mas EU FUI LÁ. Eu e outros mais de 80 mil, que in loco torceram, apoiaram, cantaram e empurraram o time do coração nos 120 minutos de jogo e nas cobranças de penaltis. Mas nem toda a torcida do mundo foi capaz de ajudar e a vitória não veio. Melhor, a vitória até que veio, o que não veio foi o título. O que talvez seja o mais doído.

Porém, pelo menos para mim, nem tudo foi dor. Na noite de quarta-feira fui ao Maraca e vi uma festa enorme de uma torcida digna. Vi homens, vi mulheres, vi jovens e vi crianças. Não vi nenhum assalto, não vi nenhuma briga, não vi nenhum empurra-empurra, vi uma fila enorme sendo respeitada por todos, mesmo depois de todo o sofrimento e constrangimento que passaram para poder comprar o ingresso. Vi um pouco do Brasil, vi gente de Rio Branco, de Manaus, de Teresina, de Fortaleza, de Cuiabá, de Florianópolis, de São Paulo... vi um pouco de tudo do que somos de melhor e do que podemos ser melhor.

Mas o melhor para mim, deixo para contar agora. Durante o jogo mantive contato com minha mulher, que a mais de 1.000 kilometros acompanhou o meu martírio e dividiu comigo a esperança da vitória. Trocamos inúmeras mensagens. Ah, como me arrenpendi de não tê-la convencido a ir comigo. Ela me ligou ao final da partida e confessou que estava chorando. Logo ela, uma flamenguista chorando. Ela já havia me dito que depois de se casar comigo se sentia constrangida em se alegrar com a derrota do Fluminense. Mas chorar, isso eu não esperava. É claro que ela continua Rubro-Negra, a mais fiel das torcedoras, mas ela ama um Tricolor e sabe que o amor é correspondido. Eh meus caros, o amor de fato é surpreendente, mas disso EU JÁ SABIA.

Sou, sou tricolor
sou tricolor de coração

Vim ver o Flu,
meu grande amor
Graças à Deus sou tricolor.