sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Não existem donzelas em casas de tolerância.


O Estado da Paraíba tem um novo governador. Trata-se de José Maranhão (que apesar do nome é paraibano), que tomou posse na última quarta-feira, depois que o agora ex-governador Cássio Cunha Lima teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.

Primeiramente, um breve comentário sobre o timming da decisão do judiciário. Se os governantes afirmam que um mandato é pouco tempo para desenvolver todos os projetos prometidos durante período eleitoral, o que dizer de 22 meses! Pelo visto, inauguramos no Brasil a rapidinha governamental! E adivinha só que vai se f... mais uma vez?

Mas há outro ponto ainda mais pitoresco neste imbróglio. Segundo o site G1 da Globo, existem oito processos tramitando no Tribunal Superior Eleitoral contra o governador empossado José Maranhão. Dois deles relativos às eleições de 2006, a mesma em que foram cometidas as irregularidades que levaram à cassação de Cássio Cunha Lima.
E se já não fosse pouco, ao que parece o suplente do José Maranhão no Senado, que assume agora o mandato de senador no lugar do governador, também anda com uns papagaios a resolver na justiça. Eitá Brazilsão!

Já pensaram se algum processo prospera e a Justiça cassa o mandado do José Maranhão também? Afff! Será que sobra alguém sem processo na justiça para governar a Paraíba? E olha que nos demais estados a coisa não é está muito melhor, não (vide o caso de Jackson Lago, esse sim maranhense).

Mas como já é carnaval vamos deixar essas coisas prá lá, não é mesmo?


PS.: O título deste post é mais uma homenagem à sabedoria de meus antepassados.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Improvável

Quanto se sai em um sábado à noite para uma balada com amigos de longa data é provável crer que a noite será longa, que se ouvirá novas versões de velhas histórias, que se embebedará com uma mistura de cerveja e uísque, que tentará convencer aquele mulherão da pista de dança que você é o cara e que – se der sorte – possa até rolar um algo a mais. Contudo é muito provável que em alguns meses você já nem se lembre para onde foi, nem o que ouviu, tampouco se bebeu e qual era mesmo o nome daquela mulher do bar.

É por isso que hoje eu comemoro a improbabilidade. Pois eu me lembro com detalhes de que há exatos nove anos eu sai em um sábado à noite para uma balada com amigos de longa data; ouvi novas versões de velhas histórias; tomei muitas cervejas e nenhum uísque; e sobre a mulher da pista de dança ... sim, eu lembro do nome e até do sobrenome, embora ele tenha mudado um ano e pouco depois.

Curioso para saber se rolou um algo a mais? Bem, posso afirmar que vem rolando um algo a mais desde então.


Dona Encrenca, feliz aniversário de namoro!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Exemplo

Em uma época onde todos potencialmente estão sob a vigilância do Big Brother, Michel Phelps, ganhador de oito ouros olímpicos nos Jogos de Pequim, foi flagrado usando maconha em uma festa na Universidade da Carolina do Sul. O que convenhamos não é um comportamento que deve ser encorajado, mas que também está longe de ser um pecado capital.

Phelps, que em junho próximo completará 25 anos, provavelmente fez o que Bill Clinton confessou – parcialmente – que fez (se alguém, além da falecida velhinha de Taubaté acredita naquela historia de fumar e não tragar, mil perdões) e que muitos de nós também fizemos. Dar “um tapinha” em uma festa de Universidade só pra ver “o de qualé”. Pois bem, em decorrência do maldito dedo-duro digital que vendeu as fotos da festinha para um tablóide inglês, Phelps foi suspenso por três meses de qualquer competição e perdeu um patrocínio da Kellogs. Além dele, li também que oito outros festeiros teriam sido presos pela polícia da Carolina do Sul.

Toda essa polêmica me fez pensar em alguns desportistas imortalizados em nossa memória que embora gênios do esporte estiveram longe de ter comportamento exemplar ou de desfrutar de ilibada reputação. Fico imaginando se Garrincha jogasse hoje. Minha Nossa, quantas fotos dele iriam aparecer na Internet! Será que ele poderia jogar na seleção brasileira com esse perfil? Será que a Adidas ou a Nike topariam patrociná-lo? E para não ficar apenas nele, cito George Best, considerado como um dos melhores jogadores de todos os tempos (sem dúvida o melhor britânico), mas que não conseguia se distanciar do uísque e das farras. Best, que morreu em decorrência do consumo abusivo de álcool foi também alvo dos tablóides. Após sua morte, foi homenageado de várias formas em seu país, a Irlanda, inclusive sendo a estampa da nota de 5 libras irlandesa, contudo eu duvido que hoje teria algum contrato de patrocínio de qualquer grande marca.

Pois é Phelps, não basta ganhar 8 medalhas de ouro em uma olimpíada, dar a volta ao mundo várias vezes nos treinamentos de uma vida de dedicação. Tem que ser também o genro ideal da mãe da miss!

Fico por aqui com uma celebre frase de Best: "Em 1969, eu desisti das mulheres e do álcool. Foram os 20 piores minutos da minha vida" – George Best

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

"Agendas de Benedita"


Na próxima quinta-feira, dia 05 de fevereiro, a Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, será a primeira autoridade brasileira a encontrar-se com o novo presidente dos EUA, Barack Obama.

A Secretária viaja nesta terça-feira para o evento em que serão discutidas políticas socais e raciais em um encontro entre os líderes negros e representantes do Congresso norte-americano. Ela está muito feliz com a possibilidade de parabenizar o novo presidente dos EUA "Deus me deu esta oportunidade, e estou indo muito feliz da vida” disse ela ao Globo.

Bem, pelo que me lembro, da última vez que Deus deu uma oportunidade destas à Benê, ela teve que devolver o dinheiro das passagens e das diárias ao erário público e deixar a Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social do Governo Federal. Na época eu e um amigo cunhamos a expressão “Agenda de Benedita” em alusão ao fato. A expressão cabe em toda a ocasião em que uma justificativa para a ausência do trabalho - principalmente quando às custas do próprio escritório - se mostra pouco convincente. Por exemplo:

- Por que o Saraiva não vem trabalhar na quinta e na sexta-feira?
- Rapaz, ele participará de um evento com lideranças locais para prospecção de potencialidades de projetos futuros em Fortaleza e vai emendar com o final de semana!
- Ah, esse Saraiva é cheio de Agendas de Benedita!!!!

Entenderam o espírito da expressão?