sexta-feira, 12 de junho de 2009

Made in China




Ontem, feriado aqui em Brasília, resolvi ir à Feira dos Importados* e lá aconteceu esse diálogo que ilustra bem o intercâmbio cultural no local:



Cliente: Quanto custa esse “hiphone”?
Vendedor chinês: Quatlocentos leais.
Cliente: Caro, einh?
Vendedor chinês: Calo não, balato. Balato!
Cliente: O que ele tem?
Vendedor chinês: Ploduto de qualidade. Tem televisaum, ládio FM, câmala de 7 megapixels.
Cliente: Mas tá caro. Qual o melhor preço?
Vendedor chinês: Faço tlezentos e cinqüenta no caltão de clédito.
Cliente: Divide em quantas vezes.
Vendedor chinês: Não divido.
Cliente: E a garantia?
Vendedor chinês: ...... (algo em mandarin ou cantonês).... um mês.
Cliente: É pouco, einh.
Vendedor chinês: Ploduto de qualidade, eu tloco se acontece ploblema.
Cliente: Mas trezentos está caro.
Vendedor chinês: Tlezentos não, tlezentos e cinqüenta. Tlezentos e cinqüenta ....(mais alguma coisa em mandarin ou cantonês).
Cliente: Uai, você ta aumentando o preço?
Vendedor chinês: Não, eu falei plimeiro tlezentos e cinqüenta. Tlezentos e cinqüenta!
Cliente: Mas tá caro, einh?
Vendedor chinês: Não, você não tem dinheilo. Você não tem dinheilo. Vá embola, você não tem dinheilo.
Cliente: Então, tchau Xau-ling.
Vendedor chinês: Meu nome não é Xau-ling... (muito mais coisas em mandarin ou cantonês)

*Para quem não conhece Brasília, a Feira dos Importados é também conhecida como Feira do Paraguai. E nem pense, “Pequeno Gafanhoto”, que lá você encontrará peças de bordado aho poí, ou de ñandutí, tampouco há para vender talhas de madeira, objetos de cerâmica ou outros artigos, nos que se destacam a criatividade e a destreza dos artesãos paraguaios. Não, na Feira do Paraguai você encontrará produtos made in China.

Nos últimos meses, pude constatar que além dos produtos, a Feira do Paraguai, também oferece ao visitante a oportunidade de entrar em contato com a cultura chinesa, graças á quantidade de chineses que passaram a trabalhar nas bancas.

4 comentários:

Leo disse...

hahahahagha

Dona Encrenca disse...

Vc não contou do maroquino que queria me bater porque eu queria "ver" o Storm.Rs...rs...

Leo disse...

Tem tambem a classica de vc comendo o churrasquinho de gato com a boca cheia de farofa e a porrada rolando do seu lado.

Dr. Simão Bacamarte disse...

Eu não podia me envolver no conflito. Estava em pesquisa sociológica no local.