Na história americana, Geronimo foi um chefe indígena que, no comandando dos Apaches, guerreou contra a imposição pelos brancos de reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos. Geronimo tornou-se o mais famoso dos chamados "índios renegados" e, conta a história, resistiu heroicamente até quando viu um trem passando em suas terras. Após a impactante visão daquele cavalo metálico cuspindo fumaça, o chefe foi preso e passou 22 anos prisioneiro, até a data de sua morte.
De certa forma, a visão do besta metalica, símbolo da ferocidade do homem branco, fez Geronimo se convencer que sua luta estava perdida. Nos últimos dias, aqui em Brasília, uma situação interessante me fez pensar em Gerônimo e na luta (as vezes inglória) de alguns contra a ferocidade e ganância do homem branco. Refiro-me a criação de mais um bairro residencial: o Noroeste.
Com localização privilegiadíssima, cogita-se que as residências do futuro bairro do Noroeste terão o m² vendido a partir de uns 6 mil reais. Em outras palavras, será um bairro onde apartamentos milionários será o padrão. Um verdadeiro deleite para o foraz mercado imobiliário, cujo um dos maiores empreendedores é, coincidentemente, o vice-governador do Distrito Federal. Contudo, a conquista do Noroeste tem um pequeno obstáculo: um novo Gerônimo. Ao todo, 27 peles-vermelhas, representantes de três tribos, que moram há mais de 20 anos no local e se recussam a sair de lá.
O governo dos cara-pálidas tenta persuadir os índios a irem para uma nova localização afastada 35km do Noroeste. Sem muito sucesso. Ainda não é o caso de uma refilmagem dos velhor faroestes com índios rodeando caravanas de colonos, mas o final desse remake histórico não deve se diferenciar muito do original. Caberá apenas saber quando o trem da ganância tirará a convicção dos novos "gerônimos".
De certa forma, a visão do besta metalica, símbolo da ferocidade do homem branco, fez Geronimo se convencer que sua luta estava perdida. Nos últimos dias, aqui em Brasília, uma situação interessante me fez pensar em Gerônimo e na luta (as vezes inglória) de alguns contra a ferocidade e ganância do homem branco. Refiro-me a criação de mais um bairro residencial: o Noroeste.
Com localização privilegiadíssima, cogita-se que as residências do futuro bairro do Noroeste terão o m² vendido a partir de uns 6 mil reais. Em outras palavras, será um bairro onde apartamentos milionários será o padrão. Um verdadeiro deleite para o foraz mercado imobiliário, cujo um dos maiores empreendedores é, coincidentemente, o vice-governador do Distrito Federal. Contudo, a conquista do Noroeste tem um pequeno obstáculo: um novo Gerônimo. Ao todo, 27 peles-vermelhas, representantes de três tribos, que moram há mais de 20 anos no local e se recussam a sair de lá.
O governo dos cara-pálidas tenta persuadir os índios a irem para uma nova localização afastada 35km do Noroeste. Sem muito sucesso. Ainda não é o caso de uma refilmagem dos velhor faroestes com índios rodeando caravanas de colonos, mas o final desse remake histórico não deve se diferenciar muito do original. Caberá apenas saber quando o trem da ganância tirará a convicção dos novos "gerônimos".
3 comentários:
Eu é que não quero morar em área disputada por indígenas... trabalhei em um prédio que os índios diziam pertencer à FUNAI - viviam requerendo a devolução do imóvel ou o ressarcimento...bad feng shui!!!
Vamos combinar que é estúpida essa situação, né? Coisa de índio que anda de Ranger....eu desceria a porrada e arrancaria os índios à força...mas acho que eu sou um pouco fascista!!!
O pior é construir o Noroeste em cima de um cemitério indigena. Bad, bad karma. A literatura e o cinema estão cheios de exemplos: Poltergeist, Pet Cemetery e vários livros do Stephen King. Medo!
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