segunda-feira, 21 de maio de 2007

Personal Trainner


Descobri que Deus quer que eu corra. Não Ele não quer que eu seja um recordista mundial, nem tampouco quer minha profissionalização. Não, infelizmente Ele também não quer que eu assine um contrato milionário com a Nike. Mas definitivamente Ele quer que eu treine aos domingos, e ontem deixou isso muito claro.

Quem conhece Brasília, sabe que estamos começando a viver meses difíceis para a pratica de atividade física. As manhãs são fria, as tardes quentes e a umidade do ar costuma ficar abaixo dos 30%. Para quem tem liberdade de escolha, os melhores horários para correr são algo entre às 7h e 9h30 e depois das 16h. O problema é quem nem todo mundo pode escolher a melhor hora para treinar. Esse é meu caso principalmente nos domingos. Explico: lá em casa o meu filho acorda por volta das 7h e minha mulher por volta das 11h; como não temos babá aos domingos, cabe a mim cuidar para que o pequeno coma, beba, tenha a bunda limpa e, principalmente, não exponha a sua vida ao perigo nas manhãs de domingo (quem tem filhos de 5 anos sabe que está é um tarefa que exige integral e exclusiva atenção porque eles são capazes de, em frações de segundos, aprontarem o inimaginável). Assim, resta-me o agradável horário do almoço para correr ou o do depois do almoço (coisa impraticável quando se pretende comer com tranqüilidade e com umas cervejinhas).

Como o que não tem remédio remediado está, besuntei-me de protetor solar, enchi a garrafinha de água gelada e me propus a encarar o Eixão sob o sol do Planalto Central às 11h30. A expectativa era correr da altura da 111 norte até a Ponte do Bragueto e voltar para casa. Mas foi aí que Deus me revelou seu plano, e ele era bem mais ambicioso que o meu. Assim que saio de casa o tempo muda. Na verdade passei a ser seguido por uma nuvem, igual àquelas de desenho animado que persegue um personagem como se fosse consciente de seus movimentos. Pois é a nuvem acima de minha cabeça passou a me proteger do sol.

No meio do caminho fiz o trato com Deus, se Ele mantivesse a nuvem continuaria a correr até o início do Lago Norte. E a nuvem continuou. Chegando ao Lago Norte prossegui até a altura da QI 13, sempre acompanhado pela nuvem. Dei meia volta e a danada da nuvem me acompanhando. Lá pela altura da QI 5 além da nuvem ganhei um ventinho a favor, maravilhosamente refrescante. Cheguei em casa são e salvo, com o cansaço normal de ter percorrido 20Km, mas fiquei feliz por saber que tenho muita gente importante apoiando o meu treino. Em casa, ganhei até massagem nas pernas da minha mulher! Pode parecer presunção da minha parte, mas eu estou com um novo personal trainner que é Divino!

É estranho mas para mim a nuvem foi mais celestial que a visita do Papa.

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