sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Sangue, suor e lágrimas.

Tem gente que força a barra estrategicamente. A intenção é clara, radicaliza-se o discurso e a postura inicialmente para depois poder negociar em termos mais moderados, dando ao outro a ilusão de que saiu ganhando a disputa por conceder menos do que era exigido a princípio.

Está é uma estratégia muito comum, por exemplo, em negociações salariais. O empregado (ou sua representação de classe) pede 100% de aumento, mais reposição das perdas salariais do período; o padrão, primeiro, oferece a reposição mais 5%; o empregado surta é proclama greve geral, bate o pé nos 100%; o padrão, depois de um tempo, oferece 10% sem reposição e sem o desconto dos dias parados; o empregado aceita. Todos ficam contentes até o próximo ano, o empregado porque não trabalho uns dias e ainda teve um aumento e o padrão porque concedeu um aumento muito menor do que o inicialmente pedido e que poderá ser repassado como custo sem maiores problemas. C'est la vie!

Agora, tem gente que força a barra por fanfarrice escancarada. Aí já é digno de piada. E piada foi a comparação feita pelo Presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves - o mesmo que defendeu o santo direito dos senadores à praia - que reuniu em um mesmo patamar Edison Lobão e Winston Churchill. Eis as palavras de Garibaldi: "Churchill ganhou a guerra e não era general. Era um grande estrategista, um estadista, não era general. Portanto, Lobão pode ser um grande ministro de Minas e Energia."

Lobão é nosso Sir Churchill na batalha energética!!! Só pode ser piada! Sr. Garibaldi, o senhor é um fanfarrão...o senhor é um fanfarrão

PS.: Adolf Hitler, adversário de Churchill, também não era general. Tinha patente de cabo.

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