quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Será que amor é o mesmo que love?

Ontem foi noite de cinema. Minha mulher conseguiu, em um concurso do Correio Braziliense, por meio de seu incrível talento para frases, dois ingresso para o filme "O amor nos tempos do coléra". Estava com muita, muita, muita vontade de assistir o filme desde dezembro, quando vi um trailler na televisão. De graça então, oh! Cheguei a resgatar o livro da estante, mas não consegui relê-lo e acabei indo ao cinema carregando apenas velhas lembranças sobre a estória e os personagens.

Gostei do filme, pois trata-se de uma boa adaptação, embora - como sempre - o livro seja muito mais rico, muito mais viceral, muito mais intrigado. Porém algo me incomodou profundamente: o fato do filme ser falado em inglês. Sei lá, foi estranho ouvir as declarações de amor de Florentino a sua deusa coroada, Firmina Daza, na língua de Shakespeare ao invés do espanhol de Gabo, tal como imaginei ouvi ao ler o livro. Soou meio falso, definitivamente não ficou latino e é difícil acreditar na estória fora da alma latina.

E aí, acabei com uma pulga atrás da orelha: até que medida uma tradução é capaz de transmitir a essência de uma obra literária? Digo isso aflito, devo confessar, porque embora digam que a vida comece aos quarenta (anos) creio que para aprender alemão e grego ela é ainda muito curta e o jeito vai ser continuar a ler traduções (dessas e de outras tantas).

PS.: Só para reforçar meu ponto, veja se não é estranho: Love in the Time of Cholera. Credo!!!

Ahh, consegui uma imagem da capa da edição do livro que tenho em casa.

Um comentário:

Edrisse disse...

E eu tô doido pra ver....mas agora, fiquei na dúvida....