segunda-feira, 30 de abril de 2007

Cabeça de Melão


Aceitamos as primeiras impressões como se fossem verdades dogmáticas. A conseqüência é que repetimos um monte de baboseira que escutamos por aí sem o menor senso crítico. Mais ainda quando o que ouvimos é proferido por alguém com um título qualquer, que confere uma aparente respeitabilidade e credibilidade. Cuidado minha gente, o perigo ronda a palavra dos experts.

Hoje, por exemplo, li que crianças com QI alto tendem a ser vegetarianas na vida adulta, segundo o Epidemiology Resource Centre of the University of Southampton. O estudo da universidade americana acompanhou 8.200 homens e mulheres em torno dos 30 anos, que tiveram seus QIs testados aos dez anos de idade e sugere que, à medida que as crianças crescem e seu QI se eleva, o paladar para a carne diminui. Segundo os pesquisadores, isso pode dar pistas sobre a relação entre inteligência e melhor saúde – o risco de doenças cardiovasculares diminui, assim como o nível de colesterol e a obesidade.

Nossa! Então comer carne é sinal de pouca inteligência?!? Parece que sim, isto é, se pra começar, você acredita que 8,200 pessoas compõem amostra significativa da espécie humana, que os diferentes tipos de inteligência podem ser apurados por testes de QI e que o Epidemiology Resource Centre of the University of Southampton é um centro respeitável e sério. Viu como é simples questionar um pouco o que você anda lendo?

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